quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Pausa para o café

Agora vamos para uma época não muito distante. Marataízes experimentava um certo "renascimento" em razão das obras da Praia Principal. Novos empreendimentos surgiam em toda a cidade. Um deles era o charmoso "Café da Loja", no centro, visto parcialmente abaixo em fotografia de Carol Gontijo, "mãe" do lugar.


Tão charmoso que valia ir lá apenas para degustar um expresso e passar longos minutos admirando cada detalhe da decoração. Temos saudades daquela Janis sorridente no teto de um dos ambientes e daquela saudação "buarqueana" que apenas confirmava o que se sentia ao chegar ao "Café". Tudo ali era feito "com açúcar, com afeto". Não era raro ganhar alguns minutos do dia ali simplesmente papeando. Sempre havia um bom papo.

À noite, então, era ambiente certo para todas as "tribos". Das crianças, que coloriam ainda mais o espaço, aos senhores, que respiravam vida vibrante naquele lugar. Também era um espaço por excelência para a galera do surf, do skate, para músicos, escritores... Aquela área enobreceu-se de tal forma e em pouquíssimo tempo, abrigando muita gente boa e que exalava alegria, saúde e cultura. O resultado dessa alquimia não poderia ser outro: beleza.

A comida merece um texto à parte. Tanto as salgadas quanto as doces, comia-se com os joelhos no chão, rezando. O cardápio podia incluir uma quiche ou um wrap indiano e, para a sobremesa, uma torta de nozes ou uma suprème que, desconfiamos, vinha diretamente do céu para o "Café".

Como um sonho de verão (na verdade, alguns verões... não nos lembramos quantos ao certo), o "Café da Loja" encerrou as suas atividades. Desde então, por certo, a beleza andou de mal com Marataízes.

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