quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Relembrando Marathayzis

Marília Braga

Não me lembro a primeiro vez que fui a Marataízes, pois ainda não tinha nem um ano. Meu avô materno construiu uma das primeiras casas da praia, na beira do mar, onde hoje é uma extensão do Praia Hotel. Ele adorava dizer: "Marilia, aqui abunda a pita", e soltava uma gostosa gargalhada. Para mim era o Paraíso na Terra! Logo após o Natal, os cachoeirenses, os turistas e a "mineirada" começavam a chegar, e a estação de veraneio durava até depois do carnaval. De manhãzinha corríamos para a praia, quando dava fome era só entrar na casa, pegar um pedaço de pão ou uma banana dos cachos que ficavam pendurados na sala para a criançada (os macaquinhos) e voltar correndo para o mar. À tardinha, na varanda, competíamos para ver quem enxergava primeiro as velas coloridas dos barcos apontarem no alto mar. Quando atracavam, na frente da igrejinha, minha avó corria lá para barganhar com os pescadores os camarões, garoupas, peroás...

Quando morava fora do Brasil, nas horas tristes era só fechar os olhos e imaginar aqueles almoços maravilhosos com a família barulhenta em volta da mesa, saboreando os sururus catados na pedra pelo meu avô, as moquecas, os peroás recheados de farofa apimentada, assados com a pele no fogão à lenha, as melancias, os abacaxis suculentos, as manguinhas carlotinhas, as papas de milho... Lá fora os toque-toques dos tamancos de pau nas calçadas, comemoravam a libertação dos sapatos, e ao fundo o eterno som das ondas quebrando na praia...

Hoje, ao regressar a Marataízes, que tristeza: lá se foi a igrejinha, lá se foi a praia, a pedra que demarcava as marés, os barcos a vela, os cargueiros dos vendedores a cavalo... nossa casa na praia... meu avô, minha avó...


Como diz minha tia Vina: Marataízes deveria chamar "outra coisa", pois aquela não existe mais.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Pequenos...


Compartilhada por Ivilisi Soares de Azevedo, a imagem mostra crianças em um momento cívico provavelmente na década de sessenta do último século. As referências do registro carecem de fontes mais precisas. As primeiras informações dão conta que são crianças da localidade do Pontal.

Caso saibam de mais detalhes sobre esta fotografia, entrem em contato com a Memória Marataízes pelo e-mail contato@memoriamarataizes.com.br

sábado, 24 de setembro de 2016

Felicidade

A publicitária e escritora Luciana Fernandes compartilhou esta linda lembrança da sua infância na Lagoa do Siri. Impossível não se deixar levar pela felicidade contagiante das crianças brincando em uma praia só deles!


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Máquinas de esperança

O fim da década passada foi marcado por uma sensação de esperança, uma atmosfera de retorno aos áureos tempos de Marataízes. A obra de recuperação da Praia Central foi acompanhada por todos aqueles que queriam ver a nossa Pérola Capixaba reavivar seu brilho depois de anos de convívio com o avanço da maré.


A foto compartilhada por Thiago Guimarães mostra banhistas em uma típica tarde de verão "maratimba".

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

No Praia

A imagem abaixo é um registro do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, resgatado por Ronald Mansur em seu "Vitrine Capixaba", blog que, além de veicular notícias de grande interesse público, faz um brilhante trabalho na divulgação da história e da cultura do nosso Estado.


A foto não possui indicação de data, mas estimamos que ela foi feita em meados dos anos setenta. Vemos a fachada do Praia Hotel e seu famoso bar. Ao fundo, mais à esquerda, percebemos a fachada do Supermercado Guandu que, por muitos anos, foi a principal opção do segmento no balneário.