sexta-feira, 28 de julho de 2017
Embarque para a memória
Durante muitos anos, até meados da década de 1990, a antiga estação ferroviária do centro de Marataízes abrigou a sempre rodoviária do balneário. Na imagem acima, vemos o imóvel ainda em seu formato original, sem a intervenção que promoveu a sua ampliação. Ao lado da avenida, no ponto de embarque, uma mulher parece aguardar a sua condução enquanto um homem entra na rodoviária e duas outras pessoas caminham em direção à Praia Principal. Já no desembarque, um veículo da viação Itapemirim, provavelmente vindo de Cachoeiro de Itapemirim, numa época em que os horários de ônibus não eram tantos e uma viagem entre Marataízes e a "Capital Secreta" era quase um "evento".
Créditos a Fábio Pirajá e ao grupo "Memória Capixaba" no Facebook.
quarta-feira, 26 de julho de 2017
A força do café
O registro abaixo mostra a primeira página da demonstração da receita e da despesa do município de Itapemirim durante o mês de março de 1893. Parte do "Fundo Fazenda", depositado no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, o documento é datado de abril daquele ano e deixa evidente a importância dos impostos cobrados sobre a exportação do café para o município. Do total de tributos arrecadados, mais de 95% estava diretamente relacionado ao comércio do grão pelo porto da Barra do Itapemirim.
É razoável inferir, portanto, que a extrema dependência do café para as finanças municipais foi crucial para a decadência econômica da região na medida em que, a partir dos governos republicanos, a capital capixaba recebia maiores investimentos em melhorias na infraestrutura logística para a exportação, retirando o protagonismo do porto da Barra do Itapemirim.
Da mesma forma, é aceitável a conclusão de que, ainda em 1893, apesar das inúmeras dificuldades operacionais no porto da Barra, era intensa movimentação de grandes navios cargueiros na chamada "Boca da Barra" (ponto de ancoragem possível dado o baixíssimo calado nas margens mais próximas ao Trapiche dos Soares). Geralmente, as embarcações vinham de Salvador e do Rio de Janeiro para carregar seus porões com o café produzido na região sul capixaba e no norte da zona da mata mineira.
O documento foi compartilhado por Victor de Moura.
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segunda-feira, 24 de julho de 2017
Primórdios
Talvez seja o registro em foto mais antigo da Praia Principal. Podemos ver a Marataízes do ano de 1922, em data anterior à construção da Igreja de Nossa Senhora da Penha. O cenário é quase todo tomado pela configuração natural da praia, "salpicada" por algumas (pouquíssimas) construções.
Registrada em publicação sobre a qual não temos referência, a imagem foi compartilhada por Marisa Gonçalves Mignone Paixão.
Reproduzimos a seguir a legenda da imagem registrada na publicação. Ela nos fornece mais algumas preciosas informações sobre este momento da ocupação da praia.
Registrada em publicação sobre a qual não temos referência, a imagem foi compartilhada por Marisa Gonçalves Mignone Paixão.
Reproduzimos a seguir a legenda da imagem registrada na publicação. Ela nos fornece mais algumas preciosas informações sobre este momento da ocupação da praia.
"Marataízes em 1922. No primeiro plano, a 'sub-estação de força elétrica', inaugurada no governo do presidente Nestor Gomes. A casa assinalada, de madeira, foi construída pelo Sr. Mário Rezende e ficava onde hoje é a Avenida Lacerda de Aguiar".
sexta-feira, 21 de julho de 2017
O passado e o descaso
Quem visitasse a região portuária da Barra do Itapemirim no ano de 2007 teria essa visão. Em nada remete a riqueza trazida na intensidade do movimento de barcos e balsas carregadas de café, açúcar, milho, madeira, entre outros produtos, em fins do século XIX e início do XX. Desse tempo, até então, apenas a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes tinha sobrevivido sem maiores traumas. O Trapiche e o Solar dos Soares, o "Palácio das Águias", acusaram o golpe da ausência de investimentos no porto e da adoção de outras vias para o escoamento dos gêneros agrícolas do sul capixaba. O ostracismo ao qual essa área foi submetida durante décadas ofuscou em parte a grandiosa história do local, ainda por ser contada plenamente.
Foto compartilhada por Victor de Moura.
quarta-feira, 19 de julho de 2017
Festa maratimba!
Praia Principal, década de 1960. Maratimbas exibem o seu troféu.
Bem desgastada pelo tempo, a foto chegou ao nosso conhecimento através de Riam Alves, neto de um dos pescadores da imagem e morador do bairro Santa Tereza, no Alto Marataízes.
Bem desgastada pelo tempo, a foto chegou ao nosso conhecimento através de Riam Alves, neto de um dos pescadores da imagem e morador do bairro Santa Tereza, no Alto Marataízes.
segunda-feira, 17 de julho de 2017
Curvas
Um belíssimo cartão postal do início dos anos 2000 mostra algumas das nossas curvilíneas praias, destacando a do Carone (ou do Iate ou... da Morte), em primeiro plano, a Colônia e a Areia Preta.
Imagem compartilhada por Jorge Penedo.
quinta-feira, 13 de julho de 2017
Prosa e benção
Um homem e uma mulher conversam em frente à antiga Igreja de Nossa Senhora da Penha. À esquerda da imagem, o Saveiros Palace Hotel se destaca por sua então moderna arquitetura. Já ao fundo, a imponência do Iate Clube, palco de saudosas lembranças.
Provavelmente de meados dos anos setenta, o registro foi compartilhado por Fábio Pirajá no grupo "Memória Capixaba", que presta um serviço de inestimável valor para a preservação da história e da memória do Espírito Santo.
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segunda-feira, 10 de julho de 2017
Trabalho
Sempre que possível, rendemos homenagens aos trabalhadores do porto da Barra do Itapemirim. E sabemos que elas devem ser ainda mais presentes.
Na imagem acima, compartilhada pelo antigo portal "Marataízes.tur", vemos homens no cais do porto posando para a fotografia.
O ano era 1948. O grande número de trabalhadores revela que a intensidade do movimento no porto, embora diminuída em razão da ligação direta entre as regiões produtoras dos principais gêneros agrícolas exportáveis e os grandes centros, ainda era flagrante. Este movimento, mantido pelos autênticos maratimbas, ainda pode ser verificado todos os dias no local. Para a perpetuação da história dos trabalhadores do porto da Barra do Itapemirim.
quarta-feira, 5 de julho de 2017
1974
1974. A Marataízes ainda viva nas lembranças de muitos. A Praia Central e suas areias finas e mais claras, uma pequena embarcação e centenas de pessoas se banhando nas águas calmas daqueles tempos. Ao fundo, sempre presente, o Praia Hotel e a K-bana, uma das opções de lazer mais frequentadas à época.
Fotografia cedida por Marilene Duarte e compartilhada na rede por Higner Mansur.
Fotografia cedida por Marilene Duarte e compartilhada na rede por Higner Mansur.
segunda-feira, 3 de julho de 2017
De volta
Após um breve recesso, estamos de volta para mais uma temporada da "Memória Marataízes".
O ânimo para seguir com o projeto e os nossos objetivos permanecem os mesmos. Melhor: estão reforçados! Queremos continuar contribuindo, ainda que modestamente, para o resgate das memórias sobre o nosso lugar, que é repleto de história e outras riquezas ainda por serem descobertas.
Contamos com a companhia de todos para mais uma etapa da nossa viagem. Sigamos!
O ânimo para seguir com o projeto e os nossos objetivos permanecem os mesmos. Melhor: estão reforçados! Queremos continuar contribuindo, ainda que modestamente, para o resgate das memórias sobre o nosso lugar, que é repleto de história e outras riquezas ainda por serem descobertas.
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