quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Good vibes!

Uma galera de Brasília mandando muito bem no lendário Veleiros, em 1995.

   

 Vìdeo compartilhado por Daniela Mignone.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

#PartiuCaminhada

A Caminhada Litorânea de Marataízes chega à sua décima primeira edição em 2016. Trata-se de um dos eventos mais legais do nosso verão! A próxima caminhada acontece no dia 23 de janeiro, um sábado, com concentração na Praia Central.

Ano após ano, mais e mais pessoas de diversos lugares do Espírito Santo e de estados vizinhos buscam disposição para vencer os mais de 13 km de caminhada. É verdade que as deslumbrantes paisagens ajudam bastante. Os aventureiros passam pelo monumento natural das falésias, por algumas de nossas lagunas e lindas praias desertas.

As imagens abaixo são da caminhada realizada em 2010 e estão disponíveis no site da ONG Caminhadas e Trilhas, organizadora do evento.


Para maiores informações, acessem o site da XI caminhada clicando aqui.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Rock da Tarde

Desde o início dos anos 2000 que um dos endereços certos para as tardes de verão em Marataízes é o tradicional quiosque Geredys, na Praia da Colônia. O espaço atrai milhares de jovens (de todas as idades, diga-se) pela atmosfera do lugar - um dos picos do surf em Marata -, boa comida, música de qualidade e companhias sempre agradáveis.

Na foto abaixo, compartilhada por Baíco, ele mesmo e Didito comandam o "Rock da Tarde".


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Entardecendo...

Os reflexos da luz do poente só eram possíveis com a maré assim, bem baixa. A nossa antiga "Praia Principal", como chegou a ser chamada em dada época, ainda arranca longos suspiros entre os mais nostálgicos. A memória sobre este lugar nos conduz a viagens repletas de boas lembranças.

Aqui estamos, em fevereiro de 1988, em frente ao Praia Hotel. Ao fundo, vemos um pedacinho da fachada do antigo supermercado Guandu.


A foto nos foi gentilmente cedida por Salim Tanure Simão.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Que ressaca!

O mar também avançou (e ainda avança) bastante sobre a orla da praia da Barra. O conjunto de imagens a seguir foi produzido provavelmente na década de 1970 e mostra a grande destruição na Avenida Beira Mar.


Os registros foram compartilhados na rede por Carlos Benevides Lima Jabour.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Velha Matriz

A igreja de Nossa Senhora da Penha com a sua fachada original, construção que ainda inspira muitas pessoas saudosas pela Marataízes de ontem.


Foto compartilhada por Sergio Neves.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

sábado, 12 de dezembro de 2015

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Barra, 66

A Praça da Barra do Itapemirim no ano de 1966.

Trazida à rede por Luciano Retore Moreno, a imagem, produzida para documentar uma realização da administração do então prefeito de Itapemirim, Dr. Ayrton de Moreno, mostra o calçamento nas ruas laterais à praça.


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Ícones

A antiga K-bana, o "vôlei" e a Igreja de Nossa Senhora da Penha em sua forma original. Corria o "ano dourado" de 1960.


Imagem compartilhada por Fabiano Marvila Moreira.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O dia em que um "furacão" visitou Marataízes

Carinhosamente batizada de "Cabrunca", a ventania que atingiu a cidade em maio de 2013 assustou muita gente e causou pequenos prejuízos.


Registro de Victor de Moura.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Voar...

Marataízes tem uma relação com a aviação pouco conhecida. A atividade foi intensa durante um determinado período, tendo o "Campo de Aviação", na Cidade Nova, como cenário. Alguns acidentes e pousos forçados marcaram essa nossa "história da aviação", que ainda está por ser escrita.

A foto de hoje mostra um pequeno hangar localizado no antigo Campo de Aviação.


O registro - cuja data é por nós desconhecida - foi divulgado na rede por Sergio Garschagen.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Criança pés no chão

Tem lá seus oito ou dez anos que as ruas de Marataízes passaram a ser calçadas em maior número. Algumas receberam asfalto, mas outras ainda não viram blocos ou sequer sentiram o forte cheiro do piche.

Os moradores das ruas "de terra" devem se identificar bastante com a imagem de hoje. Jean tinha uns 8 ou 9 anos em novembro de 1990 quando posou para esta foto com os pés descalços em uma dessas ruas. Seu pai, o saudoso Almir Capoteiro, pediu para que ele fosse ao antigo bar do Carvalho comprar um maço de cigarros.


Jean está parado próximo à atual EEEFM Domingos José Martins. O terreno ao fundo dá lugar nos dias de hoje a um hotel.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Do Centro à Barra

Registro compartilhado por Luciano Retore Moreno mostra a estrada que liga o Centro à Barra, entre a Cidade Nova e o bairro Areias Negras, provavelmente na década de 1970, já sem os trilhos da EFI.


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Pausa para o descanso

Músicos descansam à sombra na Barra do Itapemirim de fevereiro de 1979. Eles se preparavam para as comemorações do dia de Nossa Senhora dos Navegantes.


Na foto de José Sérgio Xavier Aride ainda conseguimos ver, ao fundo, o Itapemirim e parte do Pontal.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Anauê?

Solenidade na atual praça Antonio Jacques Soares, na Barra do Itapemirim. Não se sabe ao certo a data da fotografia, que chegou ao nosso conhecimento através do Professor e Historiador Luciano Retore Moreno.


Um detalhe nos chama a atenção: também não existem informações sobre o teor da solenidade, mas podemos perceber que, no canto direito da imagem, braços erguidos parecem fazer uma saudação integralista. "Braços" da AIB na Barra do Itapemirim?

Sabemos que, assim como outros partidos e agrupamentos políticos, a Ação Integralista Brasileira, identificada com o fascismo italiano, foi dissolvida por Getúlio Vargas em 1937, com o "Estado Novo", período ditatorial do governo do presidente gaúcho. Contudo, não foram raras as reuniões clandestinas e, em alguns casos, manifestações públicas desses grupos banidos.

Teríamos de recorrer aos jornais da época para descobrir mais detalhes sobre uma possível organização do integralismo por aqui. Por ora, fica a curiosidade.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Saudosa Miralda

Toda cidade tem seus personagens. Geralmente são pessoas simples, com trajes e gestos peculiares, que caem no imaginário popular. No município-mãe, Nadinho vaga pelas ruas bicentenárias e, não raro, é encontrado sentado na porta da Igreja de Nossa Senhora do Amparo. Já na terra dos Braga, "Neném Doido" é presença certa na praça Jerônimo Monteiro e dentro de algum veículo da "Flecha Branca".

Aqui em Marataízes, tínhamos Miralda. Durante sua estada por aqui, ela sofreu com o preconceito e o descaso de muitos, fazendo-se companheira da tristeza e da indiferença. Algumas mães substituíam a lenda do "homem do saco" pela figura daquela senhora. As crianças "cortavam volta" da Miralda!

Segundo alguns relatos, durante grande parte de sua vida, Miralda sofreu de uma depressão pós-parto. Mas, na verdade, Miralda nunca teve filhos. Ela teria ficado bastante traumatizada devido à morte de seus pais. Sempre envolta em um pano branco, de sandálias de borracha nos pés, ela ajudava a compor a paisagem do nosso lugar.


Miralda partiu há aproximadamente quatro anos. A foto acima é de Fabiano Moreira.

sábado, 21 de novembro de 2015

O menino

Temos o nosso artesanato típico lá pelas bandas do Siri. Cestos de todos os tipos, extremamente bem acabados, feitos com a taboa e as mãos habilidosas dos nossos artesãos.

Na imagem registrada por "O Jornal" no início dos anos 2000, vemos um menino iniciando as suas vendas em um dia de verão.



quarta-feira, 18 de novembro de 2015

"Cidade Natal"

Uma canção para falar da memória. "Cidade Natal", da banda paulistana Ludov, conta a história de alguém que retorna à sua cidade de origem bem mais velho, já na idade adulta, visitando lugares que marcaram a sua infância. A pessoa se pergunta sobre tais lugares, nos levando a entender que muitos deles não se encontram na mesma forma. A letra propõe a reflexão: assim como nós mudamos, os "lugares de memória" (voltaremos a esse assunto em outra ocasião) também mudam.

Ouçam!


A letra:

Cidade Natal

Voltarei mais velho e só
Com uma câmera na mão
Como um estrangeiro a visitar
Minha infância

E num mapa ilustrado está
Cada descrição
Das memórias de um lugar
Escola, prédio, lago, ponte, lar
Avenida
De onde veio, pra onde foi?
Quem eu era e quem eu sou?

Quando há algo familiar
É só o vento


Ao mesmo tempo em que "Cidade Natal" nos transporta à nossa infância e juventude, provoca a convicção sobre uma necessidade: a de preservá-los, ainda que seja no campo imaterial, na memória.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Origens

Panorâmica da Barra do Itapemirim em seu núcleo original.


Na fotografia, provavelmente datada da década de 1920, vemos a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, no alto, em destaque, o Trapiche e o solar dos Soares, conhecido como Palácio das Águias, bem como outras construções e alguns vagões da Estrada de Ferro Itapemirim.

Registro compartilhado na rede por José Sérgio Xavier Aride.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

"Phantasia"

"Um banho à phantasia na praia de Marataízes".


Foto publicada na revista "Vida Capichaba" (com esta grafia mesmo), número 341, de 30 de maio de 1933.
A imagem e as informações forram compartilhadas na rede por Ronald Mansur.

sábado, 14 de novembro de 2015

Sob a luz da Pérola

Castelos e bonecos na fina areia da Praia Central da década de 1980. Acreditamos que esta foto, compartilhada na rede por Glayson Arcanjo, desperte em muitos o espírito nostálgico que sempre nos conduz àquela Marataízes cativante de outros tempos.



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Selvagem

Quase intocada, a linda região de Caculucagem no ano de 1995.


A imagem chegou ao nosso conhecimento através de postagem de Sérgio Neves.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

A Leopoldina

O trem da Leopoldina Railway Company em Marataízes, provavelmente na década de 1940, fotografado pelas lentes do lendário fotógrafo Olegário Wanguestel.


Estas imagens compuseram uma grande exposição organizada há alguns anos por Ivilisi Soares de Azevedo nas dependências da Associação Cristã Beneficente - ACB.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Serena

A Praia Principal nos "anos dourados". 


A foto faz parte de uma série registrada no ano de 1958 pelo fotógrafo Antonio Teixeira Guerra, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

terça-feira, 3 de novembro de 2015

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Indescritível

De data e autoria imprecisas, a Igreja de Nossa Senhora da Penha e, ao fundo, o Iate Clube.


A imagem foi disponibilizada na rede por José Sérgio Xavier Aride.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Movimento!

Homens trabalhando na região portuária da Barra do Itapemirim.


Provavelmente registrada nos anos 40 do último século, a fotografia foi compartilhada na rede pelo saudoso site Marataizes.Tur.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Encantos e mais encantos

Praia - quase deserta - entre as praias da Colônia e do Carone ("do Iate" ou "da Morte").


Datada do início da década de 1960, esta bela imagem foi compartilhada por Nívea Semprini.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Afundando

Naufrágio do navio "Arain", na Barra do Itapemirim de outubro de 1944.


Imagem original mantida no acervo da Família Soares, gerido por Ivilisi Soares de Azevedo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Social

Hoje desativada, a AABB em dia de grande movimento no início dos anos 2000.


Foto do acervo de "O Jornal".

terça-feira, 20 de outubro de 2015

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Marataízes e suas memórias em destaque na imprensa

Um dos principais veículos da imprensa regional, o "Espírito Santo Notícias" destaca, em sua edição mais recente, os 18 anos de emancipação política de Marataízes. Entre artigos que nos levam a tempos saudosos e que propõem reflexões sobre os destinos do município, outros textos e imagens, o jornal garantiu espaço às nossas memórias. O trabalho do "Memória Marataízes" recebeu um belo tratamento por parte da publicação.


Os nossos agradecimentos ao jornal "Espírito Santo Notícias" pelo reconhecimento da importância das memórias individuais e coletivas sobre o nosso lugar! 

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Marataízes, 18 anos!

Marataízes chega à maioridade política neste 16 de outubro. Entre os inúmeros desafios a serem superados pelo município está a preservação e a valorização de suas história e cultura.

Nós da Memória Marataízes fazemos, enquanto cidadãos, a nossa parte, buscando a todo instante destacar o que Marataízes tem de melhor: sua gente, seus costumes, sua natureza exuberante e seus momentos inesquecíveis.

Nessa data tão importante, fica a nossa homenagem a essa terra abençoada com uma canção que embalou muitos carnavais na Pérola Capixaba e que se transformou em nosso hino oficial. Composta por Isabel e Newton Braga, uma declaração de amor a Marataízes eternizada na memória de milhares de amantes da "praia encantada"...



Na versão apresentada, produzida por Jorge Penedo, o hino é executado por Ronilson Aguieiras, Jorge Chamoun e Reynaldo Monteiro, que também é autor das belíssimas imagens que ilustram o vídeo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Marathayzes e Isabel

Coautora do hino de Marataízes, Isabel Braga também expôs o seu talento nas artes plásticas, sendo um dos principais nomes de sua geração na arte naïf.

Falamos um pouco sobre a artista em "O delicado e ingênuo olhar de Isabel Braga".

O post de hoje traz um traço da memória de Isabel sobre a Marataízes do seu tempo, na perspectiva de quem estava no "largo da estação" no momento em que passageiros - supostamente veranistas - aguardavam para embarcar no trem que se aproximava.


A obra foi reproduzida na página de Isabel Braga no Facebook, mantida por sua filha Marília Braga. Na mesma página encontramos um registro de uma exposição de Isabel Braga realizada no Rio de Janeiro, em 1971. Sendo impossível dissociar a sua obra de Marataízes, percebemos a presença da "Festa das Canoas" em uma de suas telas em primeiro plano na imagem.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Paz e riqueza

Crianças observam o movimento no porto da Barra do Itapemirim ao lado do Trapiche dos Soares. As mercadorias estocadas no Trapiche eram acomodadas nas pequenas embarcações vistas na imagem que, por sua vez, levavam os produtos até os navios maiores ancorados na "boca da Barra".


Sem referência de data, a foto foi compartilhada na rede por Carlos Benevides Lima Junior.

sábado, 10 de outubro de 2015

Sábado de sol!

Um sábado de sol como hoje há quase quarenta anos. Era a Pérola Capixaba brilhando nos anos 70!


A imagem, um cartão postal, foi enviada para a Memória Marataízes por Aecio Melchiades Junior, que também nos mandou o verso do cartão, datado de março de 1978.


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Tempos de prosperidade

A região do porto da Barra do Itapemirim nas primeiras décadas do século XX, época ainda de grande pujança econômica no "Baixo Itapemirim".


Provavelmente registrada de uma das torres da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, a imagem - que retrata, além do Trapiche dos Soares, o Trapiche do Sr. Arsênio Evangelista (ao fundo) e a Sagróleo (prédio atrás do trem), que posteriormente abrigou a Only Conservas de Frutas, segundo informações de Ivilisi Soares de Azevedo - chegou ao nosso conhecimento a partir de postagem de José Luiz Pizzol.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Rio...

Visto do Pontal, o majestoso (e aqui caudaloso) Itapemirim correndo em direção à sua barra no início dos anos 2000.


A foto é do acervo de "O Jornal".

sábado, 3 de outubro de 2015

Paraíso ao sul

Início de 1998. De um lado, a Lagoa de Caculucagem. Do outro, a praia que recebe o mesmo nome. Elas são separadas pela Rodovia do Sol, então sem pavimentação.


A imagem foi disponibilizada pela rede no perfil do canil "Rancho Piorra" no Facebook.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Deu praia!

A Praia Central (ou Principal) na década de 70 do século passado.


É possível ver a antiga Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha. Observa-se também que a construção do Edifício Carone ainda não tinha sido iniciada.

A foto foi encaminhada por Raul Travassos.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Educação

Alunos perfilados em frente à centenária Escola José Marcelino, na Barra do Itapemirim.


Este maravilhoso registro da educação em nosso município foi compartilhado na rede pelo Professor e Historiador Luciano Retore Moreno.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Opinião - Vale muito

Victor de Moura 

Imagem: site "Brasil da Mudança"
Os servidores públicos de Marataízes terão reajustados em R$ 150,00 o valor do "ticket alimentação" a partir do próximo pagamento, a ser efetuado ainda nesta semana. Assim, cada servidor passará a receber R$ 600,00 no cartão, quantia a ser gasta, em tese, nos supermercados do município. Sem dúvidas, trata-se de um benefício de grande importância para muitas pessoas que dependem dele para completar suas rendas familiares. No entanto, mesmo sabendo que o "se" está no campo do "não é", vamos a algumas problematizações.  

Lançado pelo Governo Federal no final de 2013, o Vale-Cultura foi concebido com o objetivo de garantir R$ 50,00 para trabalhadores que recebem até 5 salários mínimos terem acesso a produtos e serviços culturais. Com o recurso, portanto, o beneficiário pode adquirir nos estabelecimentos credenciados ingressos para espetáculos circenses, musicais, teatrais e para cinema, comprar livros, revistas, instrumentos, CDs e DVDs, bem como auxiliar no pagamento de cursos voltados ao meio cultural. Os créditos são cumulativos e não expiram. 

Em dezembro passado, a Agência Senado publicou um balanço dos efeitos do Vale-Cultura após um ano de vigência. Na ocasião, 264 mil trabalhadores de todo o país haviam recebido o benefício e 27 mil estabelecimentos, incluindo lojas on-line, aceitavam o cartão magnético com o benefício. 

O Vale-Cultura surgiu ainda com a difícil missão de revolucionar a relação do brasileiro com o consumo de cultura. A reportagem citada apresenta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre essa relação. De acordo com o IBGE, somente 4% dos brasileiros têm o hábito de ir a museus e 14% frequentam o cinema. A matéria traz ainda resultados de uma pesquisa do Instituto Pró-Livro, que aponta o número médio de livros lidos por ano pelos brasileiros: são 4 contra , por exemplo, 10 pelos espanhóis e 15 pelos franceses. 

Voltando a Marataízes, longe estamos de criticar o aumento do "ticket alimentação". Pensamos, na verdade, nos "efeitos de encadeamento" (tomando emprestado o conceito de Hirschman que, certamente, não o pensou para este fim) que um "Vale-Cultura" municipal poderia gerar nas cadeias produtivas e de valor cultural. Em outras palavras, a instituição de um benefício nos moldes do programa federal atrairia investidores do segmento para Marataízes, gerando emprego e renda com a injeção de aproximadamente R$ 125 mil mensais na economia do município. Cabe destacar a existência de um grande nicho de mercado, paralelo ao formado pelos servidores públicos, composto principalmente por estudantes universitários e secundaristas que, sem margem para dúvidas, inflaria substancialmente tais cadeias.  

Talvez mais importante que a questão financeira seja a movimentação de uma ampla rede de produtores/consumidores de gêneros culturais, estimulando os talentos locais em "pontos de cultura" (outra ideia a ser adaptada, assunto para outro momento), contribuindo para a formação de cidadãos críticos. Não se trata de "inventar a roda". Basta copiar aquilo que já funciona para que se provoque uma modificação estrutural na Cultura local tanto no curto quanto no longo prazo.

Victor de Moura é historiador e  Professor de História da Rede Municipal de Ensino de Marataízes.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

É primavera!..

O "Coronel" José Marques Machado Soares na florida Praça da Barra do Itapemirim. 


A foto integra o rico acervo da família Soares mantido por Ivilisi Soares de Azevedo, filha de José Marques. 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Em obras

Registro compartilhado por Luciano Retore Moreno: calçamento na Barra do Itapemirim durante a gestão do prefeito Dr. Ayrton de Moreno. Corria o anos de 1965.


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Ah, o Nordestão!

Victor de Moura

O Nordestão em ação!                                         Foto: Marcos Kito
O morador de Marataízes tem uma relação curiosa com o Nordestão. Por um lado, aquele sopro é detestável! A caminhada à beira mar torna-se impraticável. A poeira sobe, uma densa cortina de barro em pó passeia pelas ruas, cria um tapete na sala e sobre os móveis, e tome areia nos olhos! Mas, vendo os seus benefícios, o vento mais presente na “Pérola Capixaba” é um grande antídoto para o calorão que, vez ou outra, derrete os miolos do maratimba.

Por falar no maratimba, para os mais antigos, o Nordestão é um grande parceiro, já que tem uma função essencial para o seu trabalho: é ele o motor dos botche-a-pano quando se lançam ao mar atrás dos peroás. Sem a brisa, sobra até para Cachoeiro: “vem pelo rio”. “Que isso? (risos) Pelo rio”? “Ham! É o vapor do ‘Caxuero’ que vem na água. Espia só 'procê vê'”, garante o pescador, que se divide entre uma dose de cachaça e uma resmungada à espera do vento para içar a vela improvisada.

Vento Nordeste em Marataízes também é sinal de falta de chuva, que só vem com o “Maral” ou com o Sul. Sinal também de terra seca e de abacaxis menos graúdos. Enquanto os homens vão cedo para a lavoura e lá ficam olhando para o céu a procurar alguma nuvem carregada, as suas senhoras estão em casa, com suas ladainhas, rogando por água do céu enquanto preparam a bóia que, geralmente, sai antes das dez.

Do alto dos seus quase oitenta anos, seu João, trabalhador rural, reclama: “tá uma secura só, moço. Não vai vingar bacaxia não”. “Põe uma irrigação na sua roça, seu João”! “Tá doido, rapaz! A água é só a que ‘deuso’ manda. Esse negócio estraga as fruta”! Então, a gente toma o caminho de volta, comendo aquela poeirada, mesmo sem o Nordestão, acompanhando a reza das senhoras do interior: 

“manda água, meu ‘deuso’
manda água qui nóis carece
manda água, meu ‘deuso’
atende as nossa prece”.

Victor de Moura é historiador e  Professor de História da Rede Municipal de Ensino de Marataízes.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Navegar além

No dia em que circula a notícia da reforma da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, na Barra do Itapemirim, um alento frente a tantas baixas relacionadas àquilo que se entente por "patrimônio histórico" (embora a maior parte não instituída com tal na forma legal) em nosso município, compartilhamos uma foto de início dos anos 2000 retratando a construção com uma fachada em cores próximas daquelas que imaginamos em sua concepção original.


A imagem foi disponibilizada na rede por José Rubens Brumana.