Quando iniciamos o projeto "Memória Marataízes", há quatro anos, tínhamos a companhia de uma pequena ambição: reunir memórias, mesmo que esparsas, sobre nosso lugar. Conseguimos mais que isso. Aos poucos, mais pessoas foram chegando e compartilhando suas memórias entre si. Registramos algumas lembranças que corriam o risco de se perder. Tivemos a honra restabelecer contato entre velhos amigos com lembranças - algumas hilárias - em comum.
Em que pese o histórico descaso e a ignorância às vezes deliberada sobre aquilo que é "velho", "ultrapassado", não esmorecemos. Sabemos que o resgate, a preservação, a valorização e a divulgação dessas memórias são fundamentais para uma sociedade adoecida, cada vez mais desorientada em meio ao bombardeio pós-moderno e seu o apelo à velocidade e à novidade. O apelo àquilo que é efêmero e artificial tornou-se um concorrente desleal, um assassino de memórias.
Nesse sentido, ainda que aparentemente desconexas, as memórias têm um fio condutor que contribui para construir a identidade local. Por sua vez, manter a identidade, em nosso entender, é condição sem a qual não se pode falar em desenvolvimento sustentável.
Modestamente, assim tentamos cumprir a nossa função social, apesar de algumas dificuldades, que são naturais a um trabalho voluntário e sem qualquer tipo de financiamento (aliás, com algumas despesas). Somos um esforço, tímido, que também deseja lançar luz sobre a necessidade contínua de se fazer algo mais para a memória, a cultura e a história de Marataízes.
Entramos em nosso quinto ano de existência na confiança de que não estamos sozinhos. O carinho que percebemos nas memórias compartilhadas nos trazem essa certeza. A "Memória Marataízes" segue sua jornada.
segunda-feira, 19 de março de 2018
sábado, 3 de março de 2018
Turcas
Uma imagem raríssima compartilhada por Marisa Gonçalves Mignone Paixão nos mostra o lazer de quatro mulheres dos anos quarenta em seu banho na Bacia das Turcas. Ao fundo, podemos ver a Igreja de Nossa Senhora da Penha.
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