Quando iniciamos o projeto "Memória Marataízes", há quatro anos, tínhamos a companhia de uma pequena ambição: reunir memórias, mesmo que esparsas, sobre nosso lugar. Conseguimos mais que isso. Aos poucos, mais pessoas foram chegando e compartilhando suas memórias entre si. Registramos algumas lembranças que corriam o risco de se perder. Tivemos a honra restabelecer contato entre velhos amigos com lembranças - algumas hilárias - em comum.
Em que pese o histórico descaso e a ignorância às vezes deliberada sobre aquilo que é "velho", "ultrapassado", não esmorecemos. Sabemos que o resgate, a preservação, a valorização e a divulgação dessas memórias são fundamentais para uma sociedade adoecida, cada vez mais desorientada em meio ao bombardeio pós-moderno e seu o apelo à velocidade e à novidade. O apelo àquilo que é efêmero e artificial tornou-se um concorrente desleal, um assassino de memórias.
Nesse sentido, ainda que aparentemente desconexas, as memórias têm um fio condutor que contribui para construir a identidade local. Por sua vez, manter a identidade, em nosso entender, é condição sem a qual não se pode falar em desenvolvimento sustentável.
Modestamente, assim tentamos cumprir a nossa função social, apesar de algumas dificuldades, que são naturais a um trabalho voluntário e sem qualquer tipo de financiamento (aliás, com algumas despesas). Somos um esforço, tímido, que também deseja lançar luz sobre a necessidade contínua de se fazer algo mais para a memória, a cultura e a história de Marataízes.
Entramos em nosso quinto ano de existência na confiança de que não estamos sozinhos. O carinho que percebemos nas memórias compartilhadas nos trazem essa certeza. A "Memória Marataízes" segue sua jornada.
segunda-feira, 19 de março de 2018
sábado, 3 de março de 2018
Turcas
Uma imagem raríssima compartilhada por Marisa Gonçalves Mignone Paixão nos mostra o lazer de quatro mulheres dos anos quarenta em seu banho na Bacia das Turcas. Ao fundo, podemos ver a Igreja de Nossa Senhora da Penha.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
Volta às aulas
Amanhã, 15 de fevereiro, os alunos da Rede Municipal de Marataízes iniciam o ano letivo de 2018.
A Memória Marataízes deseja a todos, estudantes e pais, professores e demais servidores da educação, um ano de muito sucesso e grandes conquistas!
As imagens que ilustram o post mostra o então prefeito de Itapemirim, João Bechara, inaugurando alguma reforma no Grupo Escolar Maria da Glória Nunes Nemer, na rua Nestor Gomes, cuja estrutura ainda abriga um dos mais importantes educandários do município, em meados da década de 1970.
A entrega da obra mobilizou a comunidade escolar. Dezenas de crianças e professoras posaram ao lado do governante.
Os registros foram compartilhados por Renata Seyr, professora da EMEF Maria da Glória Nunes Nemer.
Marcadores:
Anos 70,
Centro,
Década de 1970,
Educação,
EMEF Maria da Glória,
EMEF Maria da Glória Nunes Nemer,
Escola,
João Bechara,
Marataízes,
Maria da Glória,
Rua Nestor Gomes
sábado, 10 de fevereiro de 2018
Bora!
Uma multidão se reúne para esperar o trio na Avenida Atlântica lá pelos idos dos anos noventa. O som que embalava a galera era a axé music de grande qualidade, fazendo um carnaval que uniu centenas de casais (separou outros, é verdade) e que deixou saudades em muita gente.
Registro de Junior Pereira.
Marcadores:
Anos 90,
Avenida Atlântica,
Axé,
Axé Music,
Carnaval,
Década de 1990,
Marataízes,
Praia Central,
Praia Principal,
Trio,
Trio Elétrico
sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
Memórias de família em Marataízes
As imagens a seguir são uma relíquia. Compartilhadas por Marco Vivacqua, o filme tem um pouco mais de 17 minutos de duração e registra, em cores, a Marataízes nos anos sessenta. Uma outra Marataízes, claro.
Ao assistir ao vídeo, mesmo para quem não viveu a época retratada, não é difícil compreender os motivos que provocaram e ainda provocam a paixão de muitos pela Praia Encantada. É possível sentir a paz do lugar em diversos momentos.
Vemos a família Vieira-Secchin-Vivacqua reunida. Crianças se divertindo com seus brinquedos de madeira, almoçando na varanda da - agora demolida - casa do sr. Átila Vivacqua e em animados banhos na Bacia das Turcas.
Logo em seu início, o filme mostra a Barra do Itapemirim e, do outro lado, a comunidade do Pontal, ainda com pouquíssimas casas. Em seguida, vemos uma rápida cena de carnaval. Também um outro carnaval, claro.
A antiga Igreja de Nossa Senhora da Penha, em sua forma original, merece um destaque especial. Posicionada estrategicamente de frente para a Praia Principal, ela recepciona maratimbas que regressam de mais um dia de trabalho enquanto guarda aquelas crianças que gastavam suas energias no mar. Chama a atenção, ainda, o famoso "vôlei" que existia na praça central.
Um paredão verde margeia toda a praia. Relativamente protegidas, as encostas - hoje temos de lembrança a "matinha" da avenida Domingos Martins - compunham o cenário junto das castanheiras.
Hábitos e costumes da época, como o comportamento geralmente envergonhado diante da câmera, os trajes de banho e, sobretudo, o convívio familiar dão o tom a este documento. Registros que nos fazem repensar os nossos dias e valores.
Desfrutem.
Ao assistir ao vídeo, mesmo para quem não viveu a época retratada, não é difícil compreender os motivos que provocaram e ainda provocam a paixão de muitos pela Praia Encantada. É possível sentir a paz do lugar em diversos momentos.
Vemos a família Vieira-Secchin-Vivacqua reunida. Crianças se divertindo com seus brinquedos de madeira, almoçando na varanda da - agora demolida - casa do sr. Átila Vivacqua e em animados banhos na Bacia das Turcas.
Logo em seu início, o filme mostra a Barra do Itapemirim e, do outro lado, a comunidade do Pontal, ainda com pouquíssimas casas. Em seguida, vemos uma rápida cena de carnaval. Também um outro carnaval, claro.
A antiga Igreja de Nossa Senhora da Penha, em sua forma original, merece um destaque especial. Posicionada estrategicamente de frente para a Praia Principal, ela recepciona maratimbas que regressam de mais um dia de trabalho enquanto guarda aquelas crianças que gastavam suas energias no mar. Chama a atenção, ainda, o famoso "vôlei" que existia na praça central.
Um paredão verde margeia toda a praia. Relativamente protegidas, as encostas - hoje temos de lembrança a "matinha" da avenida Domingos Martins - compunham o cenário junto das castanheiras.
Hábitos e costumes da época, como o comportamento geralmente envergonhado diante da câmera, os trajes de banho e, sobretudo, o convívio familiar dão o tom a este documento. Registros que nos fazem repensar os nossos dias e valores.
Desfrutem.
Marcadores:
Anos 60,
Barra do Itapemirim,
Década de 1960,
Família Secchin,
Família Vieira,
Família Vivacqua,
Igreja,
Marataízes,
Maratimba,
Memória,
Nossa Senhora da Penha,
Pesca,
Pontal,
Praia Central
Assinar:
Postagens (Atom)