quinta-feira, 21 de maio de 2015

Cor para as canoas

Marataízes e o casal Newton e Isabel Braga são indissociáveis. Suas marcas estão impressas em nosso hino, uma declaração de amor de Newton à praia encantada que deu a ele a sua mulher amada, em diversas crônicas do jornalista e no retrato de Isabel sobre as belezas de uma Marataízes única e saudosa.

A reprodução que trazemos à Memória Marataízes é o olhar de Isabel Braga sobre a nossa mais tradicional manifestação da cultura popular. A Festa das Canoas em todas as suas cores, numa representação que agrega seus atores principais, os maratimbas, homens do mar, tipos populares diversos, o Divino, a procissão encaminhando-se para o interior da Igreja de Nossa Senhora da Penha, os barcos ornamentados pelas bandeirinhas, as barracas... Enfim, a obra - em estilo Naïf - capta a essência, o que interessa de fato sobre este patrimônio do povo de Marataízes e de todo o Espírito Santo.


Tomamos conhecimento da obra, que foi exposta na exposição de Lugano, na Itália, em 1973, através do contato feito por Marília Braga, filha do casal. O trabalho foi recuperado por ela, que assim descreveu o seu sentimento a respeito da recuperação da tela:

"Este quadro da Festa das Canoas, Marataízes, pintado por minha mãe, Isabel Braga, foi exposto na Exposição de Lugano, Itália, em 1973. Com as mudanças da vida, fui encontrá-lo enrolado e carcomido em cima de um armário, e resolvi tentar recuperá-lo. Passados meses de acertos e desacertos (acho que toda a população de Marataizes está ali), dei-o por terminado, mandei emoldurar e finalmente pendurei-o na sala, com o sentimento de dever cumprido. Ufa! Não está perfeito, mas acho que ela iria gostar"...

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